quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Cardeal Saraiva


Dom Frei Francisco de São Luís Saraiva, O.S.B. (Ponte de Lima, 26 de Janeiro de 1766 - Lisboa, 7 de Maio de 1845), mais conhecido como o Cardeal Saraiva, foi o oitavo Patriarca de Lisboa.

[editar] Biografia
Nascido Francisco Manuel Justiniano Saraiva, entrou para o Mosteiro de São Martinho de Tibães, da Ordem de São Bento, em 6 de Abril de 1780, com apenas 14 anos, alterando o seu nome para Francisco de São Luís Saraiva. Professou em 28 de Janeiro de 1782; saiu de Tibães para o Mosteiro de Santo André de Rendufe e daí para a Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra, onde se licenciou em 3 de Julho de 1792, tendo-se tornado aí professor, e sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.
Fora entretanto ordenado padre em 7 de Março de 1789. Adepto dos ideais liberais, tornou-se mação (adoptando o pseudónimo de Condorcet); não obstante, viria a combater o invasor francês, entre 1808 e 1810. Anos mais tarde, faria parte da associação secreta portuense Sinédrio, que tinha por objectivo a restauração e regresso do governo do Rei D. João VI, ao tempo no Brasil, o fim da governação dirigida pelos ingleses e a instauração de um regime constitucional, tendo sido um dos membros da Junta Provisional do Supremo Governo do Reino, saída da revolução liberal do Porto de 24 de Agosto de 1820 e, depois, do Conselho de Regência nomeado pelas Cortes Constituintes em 26 de Janeiro de 1821.
Em 19 de Abril de 1822, foi nomeado bispo de Coimbra; entretanto fora também designado reitor da Universidade daquela cidade e deputado às Cortes (1823). Resignou ao episcopado em 30 de Abril de 1824.
Em 1826, com a aprovação da Carta Constitucional de 1826, tornou-se Presidente da Câmara dos Deputados. Com a restauração miguelista em 1828, desterrou-se para o mosteiro da Serra de Ossa, de onde só saiu após a entrada das tropas liberais na cidade de Lisboa, a 24 de Junho de 1833.
Após a guerra civil de 1832-1834 - na sequência da qual foram retirados inúmeros privilégios à Igreja - foi parte activa no processo de reatamento das relações diplomáticas entre o governo de Lisboa e a Santa Sé.
O governo liberal, então chefiado por Pedro de Sousa Holstein (então Marquês de Palmela), convidou-o a integrar o gabinete, como Ministro do Reino, cargo que desempenhou entre 24 de Setembro de 1834 e 16 de Fevereiro de 1835.
Em 1840, por pressão de D. Maria II, foi feito Patriarca de Lisboa, título em que foi confirmado em 3 de Abril de 1843. Mais tarde nesse ano, em 19 de Junho de 1843, o Papa Gregório XVI elevou-o ao cardinalato (no vigésimo primeiro consistório do seu pontificado), sem que, contudo, jamais tivesse recebido pessoalmente o título e o barrete cardinalício.


Norton de Matos


José Maria Mendes Ribeiro Norton de Matos (Ponte de Lima, 23 de Março de 1867 — Ponte de Lima, Portugal, 3 de Janeiro de 1955) foi um general e político português.

Depois de frequentar o colégio em Braga foi, em 1880, para a Escola Académica, em Lisboa.

Quatro anos depois iniciou o seu curso na Faculdade de Matemática em Coimbra. Fez o curso da Escola do Exército e, em 1898, partiu para a Índia Portuguesa, onde organizou os cadastros das terras. Começou aí a sua carreira na administração colonial, como director dos Serviços de Agrimensura. Acabada a sua comissão, viajou por Macau e pela China em missão diplomática.

O seu regresso a Portugal coincidiu com a proclamação da República. Dispondo-se a servir o novo regime, Norton de Matos foi chefe do estado-maior da 5ª divisão militar. Em 1912 tomou posse como governador-geral de Angola. A sua actuação na colónia revelou-se extremamente importante, na medida em que impulsionou fortemente o seu desenvolvimento, protegendo-a, de certa forma, da ameaça contínua que pairava sobre o domínio colonial português, por parte de potências como a Inglaterra, a Alemanha e a França.

Foi demitido do cargo em 1915, como consequência da nova situação política que se vivia em Portugal durante a Primeira Guerra Mundial. Foi depois chamado, de novo, ao Governo, ocupando o cargo de ministro das Colónias, embora por pouco tempo. Em 1917, um novo golpe revolucionário obrigou-o a exilar-se em Londres, por divergências com o novo governo. Regressou à pátria e foi delegado de Portugal à Conferência da Paz, em 1919. Mais tarde, foi promovido a general por distinção e nomeado Alto Comissário da República em Angola. Na Primavera de 1919, foi delegado português à Conferência da Paz. Em Junho de 1924, exerceu as funções de embaixador de Portugal em Londres, cargo de que foi afastado aquando da instauração da Ditadura Militar.

Foi, em 1929, eleito grão-mestre da maçonaria portuguesa.

Em 1948, participou nas eleições presidenciais de 1949, reivindicando a liberdade de propaganda e uma melhor fiscalização dos votos. O regime de Salazar recusou-se a satisfazer estas exigências. Obteve vastos apoios populares e apoio de membros da oposição. Devido à falta de liberdade no acto eleitoral, e prevendo fraudes eleitorais, ele acabou por desistir depois de participar em comícios e outras manifestações de massas.

fonte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Norton_de_Matos

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

António Joaquim de Castro Feijó


António Joaquim de Castro Feijó (Ponte de Lima, 1 de Junho de 1859 - Estocolmo, 20 de Junho de 1917) foi um poeta e diplomata português.
Fez os estudos liceais em Braga e estudou Direito na Universidade de Coimbra terminando o curso em 1883.
Em 1886 ingressou na carreira diplomática.
Exerceu cargos no Brasil (consulados de Pernambuco e Rio Grande do Sul) e, a partir de 1895, na Suécia, bem como na Noruega e Dinamarca.
Casou em 24 de Setembro de 1900 com a sueca Maria Luisa Carmen Mercedes Joana Lewin (nascida em 19 de Agosto de 1878), cuja morte prematura, em 21 de Setembro de 1915, o viria a influenciar numa temática fúnebre, patente na sua obra.
Como poeta, António Feijó é habitualmente ligado ao Parnasianismo.

fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Feij%C3%B3

Doutor Teófilo Maciel Pais Carneiro


Teófilo Carneiro


Doutor Teófilo Maciel Pais Carneiro (24 de março de 1891 - 3 de agosto de 1949) foi um poeta e político português. Ele é o pai de Abel Augusto de Almeida Carneiro.

[editar] Biografia
Nasceu em Ponte de Lima a 24 de Março de 1891, formou-se em Direito na Universidade de Coimbra (1911-1916) com a elevada média de 17 valores, tendo composto a balada para a tradicional récita de despedida dos quintanistas de Direito, redigindo o poema "Canto da Saudade".

Dedicou a sua vida ao exercicio da advocacia, tendo sido também Professor no Externato e na Escola Primária Superior de António Feijó, em Ponte de Lima.

No entanto, foi deputado eleito para duas legislaturas da Primeira República, Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima e Presidente do Senado da mesma Câmara.

Participou activamente na campanha do general Norton de Matos para a Presidência da República.


Busto de Teófilo Carneiro em Ponte de LimaAo mesmo tempo, homem de rara sensibilidade, escreveu poesia desde a sua juventude, sem nunca ter reunido em vida essa criação poética.

Um volume póstumo das Poesias de Teófilo Carneiro fora editado em 1952 em edição particular, numa tiragem bastante limitada.

Mais recentemente, sob o título “Poesias e Outros Dispersos”, a vida e obra do poeta, jurista e deputado Teófilo Carneiro tem mais um registo, através de um livro, agora publicado com 300 páginas, da Editora Opera Omnia.

Foi fundador e director do jornal Democracia do Lima (1921-1922) e colaborou em diversas publicações periódicas do seu tempo.




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ANTÓNIO DA SILVA GOUVEIA VIEIRA LISBOA


BIOGRAFIA REDUZIDA DO POETA ANTÓNIO DA SILVA GOUVEIA VIEIRA LISBOA, filho de António Augusto Vieira Lisboa, gerente do Banco Ultramarino, natural de Ponte de Lima e de Dª Beatriz da Silva Gouveia Vieira Lisboa, natural de Bolama-Guiné, neto paterno de Alfredo Calixto Vieira Lisboa e de Dª Rosa Carolina Vieira Lisboa e materno de António da Silva Gouveia e de Dª Henriqueta Pereira de Gouveia, nasceu em Luanda, na então Província Ultramarina de Angola, ás três horas e vinte minutos da manhã, do dia 20 de Julho de 1907.Foi baptizado no dia 6 de Maio de 1908, na igreja de Nª Sª dos Anjos, na Cidade de Lisboa.Foram padrinhos de baptismo o senhor António Maria Vieira Lisboa, casado, Conselheiro, juiz da Relação de Lisboa e sua esposa, a Sª Dª Margarida Vieira Lisboa, segundos tios do baptizado.A cerimónia foi presidida pelo Revº Prior Francisco Mendes Alçada de Paiva, pároco da Freguesia dos Anjos, na Cidade de Lisboa.António Vieira Lisboa formou-se em Direito.Instalado na sua “Casa da Garrida”, em Ponte de Lima, no termo da freguesia da Ribeira, o advogado poeta, começa a sua criação artística, embalado pela natureza limiana que o inspira de uma forma intensa.Aos 28 de Julho de 1934, casa-se na Conservatória do registo Civil de Ponte de Lima, com Maria Guilhermina Vieira Lisboa, não havendo filhos, o casal acabaria por separar-se, sendo decretado o divórcio no dia 26 de Dezembro de 1944.A Europa vivia mergulhada numa crise profunda decorrente da 2ª Grande Guerra Mundial e do avanço do poderio Alemão, que explorava os povos dos países que capitulavam diante da máquina de guerra do Fuhrer.Decorria o Ano de 1940 e nas oficinas gráficas da “Gazeta dos Caminhos-de-Ferro”, em Lisboa eram impressos os exemplares da sua primeira obra literária, Versos Estranhos, que haveriam de ser editados pela mão da livraria Portugália.No ano seguinte, novamente a livraria Portugália dava à estampa um novo titulo, tratava-se dos Poemas de Amor e dúvida, que foram impressos na gráfica Santelmo, em Lisboa.Os anos seguintes foram de intensa actividade criativa por parte do poeta, publicando sucessivamente em:Em 1942, Mulheres (Versos).Em 1943, Chão de Amor.Em 1944, Teu Corpo Minha Alma.Em 1945, Testamento Sentimental.Em 1946, Bess.De notar, que as publicações de 1944 a 1946, não chegaram a entrar no mercado.Em 9 de Setembro de 1947, o poeta Vieira Lisboa, terminava aquela que haveria de ser a sua última criação literária e nada melhor do que tratar os temas que sempre o inspiraram, a Mulher e o Lima.Ao Longo do Rio Azul, só haveria de ser tornada pública dois anos mais tarde, decorria já o Ano de 1949.Mas António Vieira Lisboa, não viveu encerrado no interior do seu solar da rua do Arrabalde, os amigos eram presença assídua nos almoços e jantares com que presenteava os seus convidados.António Vieira Lisboa foi presidente da Direcção da Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima, de 1936 a Junho de 1938.Vieira Lisboa, era um amante da sua terra, da gente e das tradições limianas, não esqueçamos, que era na sua “Casa da Garrida”, onde repousava o touro que em véspera de Corpus Christi, haveria de correr na tradicional “Corrida da Vaca das Cordas”.Paralelamente à sua criação literária e intervenção cívica, desenvolveu um importante papel na dinamização da agricultura e indústria local.Vieira Lisboa, nas propriedades que possuía, sobretudo nas freguesias da Ribeira (Quinta dos Fortes, Qt. Bouça, Qt. do Pombal e QTª da Aldeia) e Rebordões (Quinta das Fontes e da Queixadinha), foi pioneiro na introdução de novas práticas agrícolas, bem como na experimentação de novas culturas.Desempenhou um importante papel na actividade industrial do concelho, ao nível da produção e fabrico de azeite.António Vieira Lisboa era um homem bom!As escadas da sua casa da Garrida eram enxameadas por mendigos e pedintes, que aí recorriam para muitas das vezes matarem a fome. Este homem era incapaz de negar a ajuda a quem dele se abeirasse. As crianças, eram a sua alegria e por elas era capaz das maiores loucuras, nunca fez distinção entre os seus meninos e os filhos dos caseiros e demais serviçais.Já acometido pela doença, casou-se no Hospital de Ponte de Lima, no dia 31 de Maio de 1968, com Maria Libânia M. Vieira Lisboa, com quem teve sete filhos.No dia 13 de Junho de 1968, dia de Santo António, pelas 18 horas, os sinos da matriz de Ponte de Lima, anunciavam a triste notícia do seu falecimento no Hospital da Misericórdia, agastado pela doença, o Homem e o Poeta, haviam-se calado para sempre.Ponte de Lima, via partir tão cedo, uma das vozes que componha o coro daqueles que tão bem souberam cantar o Amor a esta terra.Não me parece que a dor desta perda tenha encontrado eco suficientemente justo na terra que tanto amou no seu lirismo Limiano.Vieira Lisboa, merecia mais e Ponte de Lima, continua a dever-lhe o respeito e o merecido reconhecimento pelo seu mérito. Ponte de Lima, Junho 2008António D. da Costa Morais
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publicada por António Costa Morais
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